terça-feira, 24 de abril de 2012

Indagações


Quando paramos de acreditar?
Aonde enterramos nossa esperança?
O que fizemos da última centelha de inocência que nos restava?
Aonde está nossa fé?
Por que só a utilizamos quando precisamos de uma “intervenção divina”?
Por que nosso coração está oco?
Por que temos receio de ser quem somos?
Por que amor e dor parecem andar juntos?
Por que conviver com os outros se faz de forma tão egoísta?
Por que o dinheiro ainda dita quanto valemos?
Por que nos olhamos como se fôssemos diferentes se, no fundo, nossa angústia é a mesma? Por que temos que ser fortes?
Por que fingimos não nos importar?
Por que é mais seguro ser ríspido do que dócil?
Por que mentir virou um hábito?
Por que chorar denota fraqueza? 
Por que amar de verdade indica fracasso? 
Por que é tão penoso compreender os demais e mais ainda fazer com que os demais nos compreendam? 
Por que perdoar é tão difícil? 
Por que assumir que erramos é quase impossível?
Por que trair virou mania?
Por que ajudar é perda de tempo? 
Por que a paz não nos faz companhia? 
Por que o desassossego invadiu nosso lar? 
Por que o amor tá fora de moda? 
Por que ser hostil é ser esperto? 
Por que egoísmo virou virtude? 
Por que auto-suficiência virou meta? 
Por que vaidade virou autoconfiança? 
Por que caridade virou autopromoção? 
Por que a vida virou um jogo? 
Por que nós não viramos GENTE?


Raquel Barroso

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