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quinta-feira, 1 de março de 2012
Frio
Sinto frio.
Não o frio que arrepia a pele ou enrijece o corpo
O frio que faz
Parece fazer só a mim
E não me permite escolher.
Esse frio me devora o peito,
Me proíbe questionamentos ou
O acalanto de qualquer explicação
Repousa suave, perene
Numa tortura
Que fere devagar e que parece ser
A única coisa que me pertence.
Ninguém o percebe,
Ninguém parece se importar
Meu frio me congela os passos,
Mas conserva o coração pulsante, latente.
Meu frio você não conhece,
Só sente que me dói ao te ver passar.
Frio meu
Devorador de mim
Consolador de mim
Insaciável em sua fome de mim.
Eu,
Que em meu tudo de frio,
Ainda procuro um calor que não é meu,
Nem pra mim
Calor que vem de ti.
Raquel Barroso
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